A Pedra e a Espada

Friday, January 30, 2004

A Norma


Eu sou a Norma.
Todos se agrupam em torno de mim.

Eu tenho o magnetismo da Quantidade.

Sempre que Algo é representativo de alguma coisa,
Sempre que Algo ou Alguém se distinguem
Pelo Numero,
Pela Aceitação

Aí estou eu.

A Norma.

Eu defino o Possivel e o Impossivel.
Eu defino o Próprio e o Inaceitável.
Eu defino o Bem e o Mal.

Eu sou a Norma.

Os que me rejeitam são os párias,
os ridiculos,
os defeituosos,
os loucos,
os pecadores,
os iludidos,
os vãos,
os inconstantes,
os presunçosos,
os orgulhosos,
os vaidosos,
os que por mil vexames se definem.

Sem Mim não são Nada.

Definem-se por oposição a Mim.

E o que vale Algo que não se define por Si Próprio, mas apenas se define por o Oposição ao que Existe ?

Eu Existo.

Eu Sou a Norma.

Thursday, January 29, 2004

Jacob Boehme


"My writings are for those who are willing to receive the truth in a simple and childlike state of mind, for it is they who are to possess the kingdom of God. I have written only for those that seek; to the cunning and worldly-wise I have nothing to say"

Jacob Boehme (nascido em 1575) Threefold Life xv., 65.

Os negritos são meus

Wednesday, January 28, 2004

O meu avô


Em Março de 1904 nasce numa pequena aldeia da Beira Interior o meu avô Luis.

De alma irrequieta e espirito rebelde, põe-se a caminho de Lisboa onde chega em Abril de 1922.

Em 1930, de acordo com o Fado e o desejo dos deuses (como gostava de afirmar), trava conhecimento com um pouco conhecido poeta português.

Passa uma boa parte do seu tempo livre nas tertúlias, que frequenta com entusiasmo.
Mas esta é outra história.

Morre em Lisboa, a 21 de Dezembro de 1997 com 93 anos de idade.

Lúcido.

Toma nota...


"Tudo isto são Símbolos de ideias muito simples."
"Ousar, Querer, Saber e manter o Silêncio. Estas são as qualidades do Adepto."

O meu avô numa das conversas que tive com ele sobre os 4 elementos.


Hoje


Hoje sinto-me cansado.

Que dias estes!

Tuesday, January 27, 2004

Compaixão


O Universo é regulado pelo Acaso.
De que outra forma é que Tudo poderia ser possível?

Só o Homem sente Compaixão pelo Homem.



Monday, January 26, 2004

Nós e a Morte


Um jovem jogador faleceu em pleno campo.
A televisão transmitiu em directo as imagens da sua morte.

O país fica em choque quando confrontado com a realidade da morte.

A sua inevitabilidade.
A sua imprevisibilidade.

As conversas passam a reflexões.

Porque nos tratamos tão mal uns aos outros ?
Porque não nos apreciamos mais uns aos outros, nestes breves momentos em que vivemos ?

Mas as minhas perguntas são outras:

Porque é que precisamos que alguém morra para termos consciência disto?

Porque nos esquecemos de tudo isto uma vez mais, logo que o choque da morte deixa de nos tocar?

Friday, January 23, 2004

Simples


Olhar para o mundo com os olhos de uma criança, mas com a maturidade de um adulto.

Há quem olhe para ele (e apontou para a televisão) e veja o Presidente da República, e há quem olhe e veja apenas um homem.

Pratica este "olhar" e verás a diferença que isso trás.

Meu avô

Silêncio


Nunca substimes o poder do Silêncio. Usa-o com prudência e ponderação.

Meu avô

Thursday, January 22, 2004

A certeza absoluta


Sim, é totalmente correcto e sem margem para qualquer dúvida que a abstinência total de relações sexuais é o mais eficaz dos mecanismos para prevenir a propagação de doenças como a SIDA.

Da mesma forma a abstinência total do consumo de água conduz à eliminação de doenças relacionadas com o enquinamento das águas em países sub-desenvolvidos.

Só esperamos que eles percebam Bush tão bem como nós o percebemos.

E que sobrevivam à sugestão.

Wednesday, January 21, 2004

O Poder do Pudor


Um dos textos fundamentais do Yoga é Shiva Samhita. Consiste na explicação dos diferentes aspectos do Yoga, sob a forma de uma prelecção feita pelo deus Shiva.

Trata-se de um texto muito antigo escrito em Sânskrito, cuja única tradução existente feita durante o periodo Vitoriano apresenta uma censura cirurgica.

O motivo foi o pudor, dado que a secção que é explicitamente omitida envolve instruções genéricas relativas ao acto sexual.

Dizemos genéricas, dado que o texto salienta que se deve recorrer às instruções comunicadas directamente por um guru experiente, o que nos leva a concluir que existe um ensinamento que é transmitido directamente "da boca para o ouvido" como costuma ser habitual em ensinamentos mais reservados.

Tuesday, January 20, 2004

Nunca esquecer...


"Onde quer que eu suba, sou sempre seguido por um cão chamado Ego."
Friedrich Nietzsche

A Face de Deus




O que é um véu senão um simbolo da nossa incapacidade de ver a Verdade, ou o Real?

Todos os textos misticos de diferentes culturas se referem aos véus que toldam a nossa percepção.

Não será demais recordar a resposta de um monge tibetano a uma jornalista da RTP quando esta lhe perguntou o que era a Iluminação. Ao que ele respondeu "A capacidade de ver claramente".

Ver sem os véus.

E o que mostra o Islão místico?
Que a Realidade Última, aquela que está envolta nos véus que nos obscurecem a percepção, é uma Mulher.

Todos vós seguidores do Islão secular, que ousastes escravizá-La, menorizá-La, submetê-La à vossa vontade como se um animal se tratasse, não sois mais que o mais vil dos seres.

Não é Ela a dadora da vida e da morte ?
Não pensamos nós na Natureza como uma Mulher ?

E o que é a Natureza senão a face visivel de Deus ?

Monday, January 19, 2004

A Seda que Oculta Deus



Um estado laico é um estado que não adopta uma religião oficial, ou seja não reconhece qualquer tipo de preferência a qualquer das confissões religiosas seguidas pelos diferentes segmentos da sua população.

O estado laico reconhece o direito a qualquer cidadão de acreditar no que bem entender, desde que isso não se reflita sobre uma diminuição dos direitos e deveres pelos quais o próprio estado se rege.

O que um estado laico não tem o direito, é de restringir qualquer tipo de comportamento que advenha da profissão de uma fé e que em si não comprometa dos direitos e deveres vigentes.

O véu, em si marca apenas a presença do crente que o usa. Um estado laico, verdadeiramente livre não teme aquilo que pode considerar manifestações de obscurantismo, pois detém a mais poderosa das armas: a protecção da diversidade.

Proibir o uso de véus em escolas públicas é uma tolice sem nexo.

Não se mudam mentalidades por decreto.


Um estado verdadeiramente laico, em vez de se preocupar com o uso de véus devia, isso sim, preocupar-se com a exigência de comportamentos por parte das religiões que estão em total contradição com a ciência, e que ao serem seguidos podem causar a morte ou sérios danos aos crentes.

O anátema da utilização do preservativo por parte da Igreja Católica, em nitida oposição com todos os dados da OMS.
A recusa de transfusões de sangue por parte das Testemunhas de Jeová.

Estes sim são exemplos de monumentos à estupidez humana, que em nome de um Deus cego em relação ao que se passa no mundo não se importa que se sacrifiquem mais uns quantos dos que fazem parte da criação.

Mas não me recordo de nenhum estado laico, que tenha tomado algum tipo de atitude realmente eficaz que demonstre que os limites das religiões são os limites éticos de respeito pelos outros.

O estado laico, para terminar, deve estar um passo à frente das religiões em termos éticos, e não um passo atrás.

Que tipo de Lunático é que você é?


Não receie. O meu resultado foi este.

It looks as though you're just a little Fudged in the Head
'Fudged in the Head' PLEASE VOTE!!!


What Type of Lunatic are You?
brought to you by Quizilla

:-). No fundo fiquei beneficiado...

Saturday, January 17, 2004

A Alegoria da Cidadela e a Natureza deste Blog


Aconselhamos que seja lido o post anterior antes de ler este

Que outra coisa é a cidadela, que não a mente do próprio homem que ele construiu e organizou?

Esta é a sua cidade, o seu microcosmos a representação mental que criou a partir das impressões que recebe do mundo.

As suas muralhas servem duas funções. Como marco daquilo que criou e também como forma de protecção ao assalto das forças hostis.

Não é o homem orgulhoso daquilo que pensa, da forma como ele vê o mundo? Não apresenta ele a mais tenaz das defesas quando confrontado com um Ponto de Vista oposto?

Se assim não fosse diriamos estar perante um fraco, um influenciavel. Alguém que não tem personalidade e não sabe afirmar-se.

É justo então assumir que um homem que contruiu a sua cidadela se considere aí o seu supremo soberano, pois cada homem é o único Deus na esfera do seu próprio pensamento.

E não deseja um homem de estirpe Real, que a sua mente seja um local onde impere apenas a Verdade?

Não é esse o fim último da sua criação?

Então é necessário estar atento, e não deixar que a mente seja invadida por qualquer pensamento que não seja consentâneo com a acção.

Pois o que é um homem que pensa uma coisa e age doutra forma? É na união entre os Céus e a Terra, entre o pensamento e a acção que se manifesta a glória da criação.

Os guardas representam essa atenção, e a arma que utilizam para garantir que a esfera da mente se mantém firme, é a Espada ou seja a razão.

O homem santo é a manifestação visivel da Ideia Última a que muitos, à falta de melhor, chamam Deus, Nirvana, Shamadi, Satori ou tantos outros nomes.

O importante perceber é que ela só se dirige à cidadela, isto é à mente do homem, quando a cidadela existe. Parece ser uma tautologia, mas para que o "Espirito desça é necessário que o Templo esteja preparado".

O homem Santo, ou a Ideia última não é dual. Representa um modo de funcionamento da mente que transcende a forma de operação da razão.

E quando se apresenta finalmente às portas da mente transportada por um burro, esta é a Aurora Dourada de que os misticos e os alquimistas falam.

As sentinelas, ou seja os mecanismos de cognição e classificação da mente não a reconhecem por aquilo que ela é, ou caso contrário não a tentariam impedir de entrar. Recusaria qualquer um de nós a entrada de Deus em suas casas?

E quando a Ideia surge, a mente ameaça-a com a razão e tenta analisá-la.

Mas não é possivel.

O modo de operação da mente é DESTRUÍDO naquele instante.

A mente não sabe o que fazer.

Pára.

Extâse.

Nada.

Luz.


E o que resta a um homem, que foi Rei da sua mente, naquele instante?
Fazer aquilo que é sensato e inevitavel.

Abandonar a cidadela, a estrutura da sua mente que é o castelo que havia construido, e viajar pela imensidão do mundo que o rodeia acompanhado de quem o libertou.

(*) Porque motivo se apresenta a Ideia Suprema transportada por um burro, isso fica para cada um de vós interpretar. Pois aí está escondido o mecanismo pelo qual podemos compreender a sua Natureza.

Mas como pista para os interessados não será demais indicar que na alegoria de Cristo, este é acompanhado de um burro à nascença e é um que o carrega quando entra em glória em Jerusalem.

Por sinal uma cidadela.

Friday, January 16, 2004

A Porta da Cidadela


À porta da cidadela, ordenou o grão-vizir que lá fossem colocados dois dos seus mais temiveis guardas.

Cansado de ver um mundo onde a mentira imperava, e vendo-a como a fonte de todo o mal, decidiu o grão-vizir tornar o seu dominio um local onde só a verdade existia.

Esta era a sua Utopia, que teria que ser materializada pela Espada.

Aos guardas ordenou o grão-vizir que a cada pessoa que entrasse na cidadela lhe fosse colocada a pergunta: "O que vens fazer à cidadela?"

Se a resposta não correspondesse ao real objectivo da visita era aplicada a pena de morte ao visitante.

E assim foi.

No primeiro mês várias pessoas foram executadas, pois foi detectada a diferença entre o que diziam e o que pensavam. Respondiam uma coisa e faziam outra.

E nesses dias, por ordem do grão-vizir e ao pôr-do-sol, a Espada abatia-se sobre o pescoço do mentiroso e este era Decepado.

Finalmente a Utopia realizou-se e a cidadela manteve-se, pela força da Espada, fiel ao desejo do grão-vizir.

E passaram anos...

Um dia chegou a noticia que se dirigia à cidadela um homem Santo, ou seja um homem livre.

Livre porque não mais sujeito à dualidade.
Livre porque havia realizado o casamento dos opostos tal como se manifestam na natureza do homem.

O vizir ficou curioso com a reacção que o homem Santo teria quando fosse abordado pelos guardas, e certificou-se que lhe fossem dadas a conhecer as novas regras de acesso.

Até que num sábado de manhã, ao nascer do sol, o homem Santo chegou às portas da cidadela montado no seu burro.

O guarda disse-lhe: "Que vens tu fazer à cidadela? Fica sabendo que se me mentires a tua pena será a morte por decapitação, mas que se me responderes a verdade poderás seguir em paz e a tua vida será poupada."

O homem Santo olhou-o nos olhos e respondeu-lhe: "Eu venho aqui para ser decapitado."

O guarda ficou sem saber o que fazer, e conta-se que nesse dia o grão-vizir abandonou a cidadela na companhia do Santo para nunca mais ser visto.

Wednesday, January 14, 2004

A Mente II


A melhor forma de dirigir a razão é fazer uso dos seus próprios vicios. Utilizar um encadeamento lógico de argumentos e apontar-lhe a direcção do desconhecido.

Aí, tomada pelo afâ orgulhoso de tudo querer explicar, atira-se ao raciocinio que nem um cão fiel de caça.

Suponhamos o seguinte:

As nossas faculdades mentais e a estrutura neurobiológica do nosso cérebro, são o resultado de um processo evolutivo que hoje é um facto aceite cientificamente.

A evolução não é um processo que ocorreu há milhares de anos atrás e que resultou no mundo tal como o conhecemos.

A evolução é um processo que continua hoje e que nos conduz em direcção a algo que não conseguimos antever.

Não será descabido supor que existam na mente humana diferentes modos de funcionamento que correspondam a diferentes fases da evolução do cérebro do homem. Este facto é verificavel com facilidade.

Podemos então utilizar como hipotese de trabalho que determinadas modalidades de funcionamento da mente humana possam ser modos de operação que estão numa fase embrionária do processo evolutivo a que o homem está sujeito.

O facto desses modos de funcionamento ocorrerem esporádicamente, isto é sem ser sob a Vontade do individuo, significa que o homem os pode estudar, treinar e desenvolver.

Como explicamos a intuição? Esse modo não linear de funcionamento da mente que nos dá informação sobre eventos no tempo e no espaço com os quais não temos possibilidade de estabelecer uma relação de causa e efeito.

Como explicamos a inspiração (outro nome para a intuição)? Que de uma penada nos dá a solução de um problema com o qual a razão se debateu, impotente, até à exaustão?

Como dizia o meu Avô:
"A busca espiritual depois de expurgada de toda a tolice, é inevitavel. Não é mais que o desenvolvimento das faculdades superiores da mente; não é mais que o acompanhamento do processo de evolução.

Lembra-te que os antigos tudo aprenderam observando a Natureza. E verificaram que esta era mudança e transformação.

Por isso designavam o caminho de busca espiritual de caminho divino ou traçado por Deus; com isto queriam dizer que era dever do homem auxiliar Deus no seu trabalho, efectuando em si o trabalho da sua própria transformação.

E isto apelidaram de Grande Obra."


Se os meus apontamentos estão correctos relativamente às datas, passada uma semana disse-me:

"Repara que na nossa espécie são as mulheres que em idade adulta possuem essas capacidades mais latentes. Nesse sentido podemos dizer que elas estão mais perto de Deus.

Talvez seja interessante estudares as fábulas da Bela Adormecida, à luz do que temos falado. O que achas ?"



A Mente I


De todas as faculdades da mente, a razão é o instrumento mais poderoso ao nosso dispôr para lidarmos com o mundo exterior. Pelo menos assim parece.

Um dos problemas com a razão, é a vaidade que ela própria gera a partir do seu sucesso. Não pela vaidade em si mas pelas consequências que esta normalmente acarreta: cegueira.

Ao ver-se como bem sucedida a razão proclama: "Não há nada que não esteja ao meu alcance. Não há nada que eu não possa assimilar.".

E isto parece correcto, já que auto-confiança em doses certas nunca fez mal a ninguém.

Mas a razão dá finalmente o passo que a leva ao precipicio:"Não há mais nada além de mim.".

Esta sobranceria equivale a dizer que não existem outras faculdades mentais, ou que por serem latentes não podem ser desenvolvidas.

No entanto elas estão lá. Vivemos com elas todos os dias e consideramo-las uma curiosidade apenas porque se manifestam irregularmente.

E existe toda a razão para achar que não é possivel desenvolvê-las com o treino adequado.

E no entanto


E no entanto é a existência de uma imprensa livre, um dos garantes da fiscalização de um estado democrático.

O que isto demonstra é que sem equilibrio, mesmo aquilo que parece ser um bem se pode transformar no que ele próprio é suposto denunciar.

"Too much of anything is simply too much."

Tuesday, January 13, 2004

Opressão


Uma das caracteristicas de um ditador é a de actuar sem restrições ao abrigo de um conceito moral que considera sagrado e superior.

É o que se passa hoje com a chamada "comunicação social".

A impunidade com que actuam, parecendo não estar sujeitos a qualquer tipo de lei, leva-nos a colocar a seguinte questão:

Com base em que direito, é que se arrogam a não responder pela responsabilidade de seriedade e ponderação que a função exige?

Um amigo meu, jornalista, respondeu-me:

"Ó P. com base no direito que nos é dado pelo medo de todos os que poderiam fazer-nos frente.

Ou é assim tão dificil de perceber que até os politicos têm medo de nós?
"

Reciprocidade


Pode não ser prático, ou mesmo pouco sensato, mas não deixa de ser ousado o pedido por parte do estado brasileiro de vistos a cidadãos americanos para entrar no seu país.

Se juntarmos a isso o pedido de impressão digital e fotografia, o quadro fica completo.

Este é o principio de reciprocidade aplicado até ao fim.



Brazil


No Brazil pegou-se num pouco de rigor histórico, juntou-se-lhe a criatividade que lhes é reconhecida no campo da publicidade, e fizeram um anúncio sobre SIDA.

É bom saber que a coragem e lucidez de alguns brasileiros, possa ter sido obtida a partir dos genes que saíram de Portugal há centenas de anos atrás.

Friday, January 09, 2004

Universo I


O Universo é Tudo o que existe. Mas o Universo não é tudo o que vês.
Meu avô



Fim de semana


O fim de semana tem esta grande qualidade de parecer comprido à entrada, e o grande defeito de parecer curto à saída.

Thursday, January 08, 2004

Transformação


Estamos a viver uma das grandes transformações do nosso Mundo, não estamos ?

Politica.
Social.
Tecnológica.
Religiosa.
Climatérica.

Nahhh. Isto é só uma impressão minha.

É apenas um Ponto de Vista.

Wednesday, January 07, 2004

Visão


É Mentira que tudo seja mágoa,
Como diz Buda.

Que Visão Incompleta é essa,
que não reconhece
que toda a Mudança no Universo
resulta do casamento de elementos
que no extâse da sua União,
geram um novo elemento.

Diferente.

Que Visão Incompleta é esta
que não reconhece que Tudo
é um Acto de Amor,


Oh, meus Irmãos,
lembrai-vos que não há Outra Lei
a não ser O Amor.

Que o Medo da Morte não é mais,
que o Medo da entrega TOTAL do Ego
no extâse da União.


Treinai a vossa mente a Ir além do Ego.

Treinai a vossa memória a recordar,
o que se Vê nesses momentos de Ouro.

Para que sejais Testemunhas Vivas,
da presença do Espirito Santo
que habita em cada um de Vós.

Lembrai-vos da palavras de Irmão Perdurabo:
"Amor é a lei, amor sob vontade"

O Dinheiro e o Poder


Talvez tenha sido Martin Luther King o primeiro a compreender e usar de forma efectiva o poder do dinheiro com motivações politicas, no âmbito de uma cidadania activa.

Ao boicotar serviços e produtos, excluindo-se e aos seus da cadeia de consumo, King pressionou económicamente o poder vigente no sentido de este passar a ouvir a sua voz.

Parece-me no entanto que o aspecto mais perigoso introduzido por King, foi o da tomada de consciência que uma cidadania activa (aquela que reflecte nos seus actos aquilo que pensa) pode mudar uma sociedade.

King tornou-se perigoso.

E todos sabemos como a história terminou.

Tuesday, January 06, 2004

Vida


Apelidamos de criativo alguém que é capaz de gerar algo que não existia antes e que o faz de uma forma mais ou menos continuada.

O processo de criação consiste em materializar uma ideia que é diferente daquilo que se conhece.

Gerar algo novo.

Aquilo que surge como resultado deste processo é então uma variação da norma, ou seja, algo diverso daquilo que se convencionou designar como o concreto ou real.

O grau de inovação de uma criação está para nós intuitivamente ligado ao grau de surpresa e de diferença que nos suscita.

E isto está correcto.

A criação vem demonstrar que aquilo que aceitamos como normal, não é mais que uma convenção que se tornou conveniente para a nossa vida.

Se uma das caracteristicas que mais fácilmente associamos à ideia de Deus é a sua capacidade Criativa, então torna-se muito dificil de aceitar como representantes legitimos da Sua Vontade todos aqueles que passam o tempo empenhados em manter o status quo, as convenções sociais, o sistema de crenças vigente.

Ou seja aqueles que são os arautos da sobrevivência da norma e que simultâneamente crucificam a variação.

Sobretudo quando verificamos que beneficiam materialmente da norma.

Eunucos


O canal 2 continua a informar e a formar.

Ontem ficámos a saber do poder que os eunucos tinham na corte imperial chinesa. Estes homens sujeitavam-se a uma pequena intervenção cirúrgica que os retirava de uma vida de pobreza e sofrimento, e os colocava numa vida de fausto e de influência na Cidade Proibida.

No entanto acabavam por se lamentar que a sua escolha, apesar de voluntária, não lhes trazia felicidade.

Esta é uma lição para todos os que defendem uma postura mental "eunuca" para os detentores de cargos públicos.

Monday, January 05, 2004

Os limites da arte de blogar


À medida que fomos dando vida a este blog deparámo-nos com os seus limites.

Um blog é uma forma expedita de publicar pensamentos, ideias e é sobretudo muito funcional para interagir com os leitores.

No entanto não é adequado para publicar textos extensos que exigem reflexão critica aprofundada.

Nesse sentido, e até porque alguns dos nossos leitores nos desafiaram a ir mais longe, iremos disponibilizar em breve um site em que alguns dos temas abordados de raspão serão desenvolvidos com o detalhe adequado.

Este site não terá qualquer tipo de publicação online e será actualizado à medida da nossa capacidade de produção (que não é famosa diga-se).

Quando estiver pronto daremos noticia.

K-PAX


Vi durante este periodo festivo, a convite de um amigo meu, o filme K-Pax.

Para quem já viu o filme chamo a atenção para o pormenor brilhante relativo à forma como se processa a cura de um dos internados no hospital psiquiátrico.

A primeira tarefa que lhe é dada consiste na busca do pássaro azul da felicidade.


O Efeito do Lucro


O dinheiro e o lucro não são em si mesmos um problema, apenas o passam a ser quando deixam de ser um meio e passam a ser um fim.

O dinheiro não é mais que uma medida do valor que damos às coisas.

Como damos valor a tudo em maior ou menor grau, tudo pode ser comprado ou vendido.

Tudo excepto aquilo que brota do mais intimo de nós.
Amor não pode ser comprado.

E no entanto o Amor é aquilo que mais valorizamos.
O Amor incondicional.
Aquele que não coloca condições para existir.

Parece ser um paradoxo que aquilo a que mais valor atribuimos é precisamente o que não podemos obter com a nossa convenção de medida de valor.

Há ainda o paradoxo de dar valor apenas aquilo que foi criado para medir o valor, o dinheiro.

Mas os pobres coitados que assim vivem, são aqueles que confundem o mapa com o território.

O mapa é apenas importante na medida em que nos ajuda na nossa viagem de exploração do território.

RTP2


Hoje arranca a nova RTP2.

Estou curioso para ver o resultado da reformulação do único canal de televisão português que informa.

Só o tempo permitirá observar as diferenças, e detectar a possivel reorientação ideológica que costuma estar subjacente a este tipo de reformulações.