Tuesday, January 06, 2004

Vida


Apelidamos de criativo alguém que é capaz de gerar algo que não existia antes e que o faz de uma forma mais ou menos continuada.

O processo de criação consiste em materializar uma ideia que é diferente daquilo que se conhece.

Gerar algo novo.

Aquilo que surge como resultado deste processo é então uma variação da norma, ou seja, algo diverso daquilo que se convencionou designar como o concreto ou real.

O grau de inovação de uma criação está para nós intuitivamente ligado ao grau de surpresa e de diferença que nos suscita.

E isto está correcto.

A criação vem demonstrar que aquilo que aceitamos como normal, não é mais que uma convenção que se tornou conveniente para a nossa vida.

Se uma das caracteristicas que mais fácilmente associamos à ideia de Deus é a sua capacidade Criativa, então torna-se muito dificil de aceitar como representantes legitimos da Sua Vontade todos aqueles que passam o tempo empenhados em manter o status quo, as convenções sociais, o sistema de crenças vigente.

Ou seja aqueles que são os arautos da sobrevivência da norma e que simultâneamente crucificam a variação.

Sobretudo quando verificamos que beneficiam materialmente da norma.

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