A outra face da inteligência

O discurso politico é feito de pequenas diatribes, mas todos os politicos conhecem as circunstâncias e os contextos em que elas fazem sentido.

O discurso do porta-voz oficial de Paulo Portas relativo aos posts de Pacheco Pereira, são muito elucidativos na medida em que nos permite perceber os mecanismos de raciocinio de quem os profere.

Como será evidente para muita gente, não é obrigatório estar de acordo com o que Pacheco Pereira diz apenas porque se trata de uma pessoa inteligente e culta. Mas também não deixa de ser verdade que não estar de acordo com o que Pacheco Pereira diz, exige muita inteligência e perspicácia.

Há um nivel de exigência que o desacordo com o JPP exige.

O porta voz do Paulo Portas mostrou não estar à altura de estar em desacordo com o JPP. E isto porquê?

Porque sempre que alguém não tem a capacidade de construir argumentos sólidos e inteligentes para contrapôr à opinião de outrém, recorre ao ataque pessoal.

E ao fazê-lo demonstra a sua total ausência de inteligência nessa situação.

O caricato desta situação é que ao fazê-lo o porta-voz do Paulo Portas criou um paradoxo:
Efectua um ataque pessoal, manifestação de falta de inteligência, acusando o seu adversário de falta de inteligência.

Meu caro porta-voz: não é o numero de neurónios que conta, é o uso que se lhes dá!
Mas esteja descansado, você não é um caso perdido pois ainda consegue criar paradoxos...