O Clube dos Poetas Mortos
Há uma conversa que tive com o meu falecido avô que nunca esquecerei.
Disse-me ele:
“Lembra-te sempre que o mais importante é que penses por ti. O conhecimento, a cultura são importantes mas não são um fim em si. Usa-os como um instrumento, como um exemplo do que outros homens antes de ti ousaram pensar.
Constroi com paciência o teu ponto de vista, mas não sejas um papagaio. Para construir o teu caminho irás descobrir que terás que destruir obstaculos que para outros são verdades garantidas.
E sobretudo não deixes que a tua determinação degenere em intolerância e em rigidez de pensamento. Lembra-te que tudo é relativo, e que a ciência como a filosofia sempre evoluiram pondo em causa o que antes se tomava como certo e inquestionavel.
No Universo como na Vida só há uma constante: a mudança.”
Anos depois ao ver o “Clube dos Poetas Mortos” recordei esta conversa com saudade.
É muito dificil colocarmo-nos em cima da secretária(1) mesmo que isso nos permita ter uma nova visão sobre as coisas. No fundo é só preciso um pouco de vontade, e coragem...
(1) Este acto que ocorre no fim do filme, simboliza o ir além das doutrinas com que somos treinados. O acto de pisar significa rejeição e é uma humilhação para o objecto/ideia pisado, sendo uma prática comum nos países árabes como se viu recentemente no caso do Iraque em que a população atirava com sapatos à estátua de Saddam.
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