Friday, June 20, 2003

Sociedade Parte I - Pré História


Num tempo em que o homem podia contar apenas consigo para sobreviver de acordo com as regras impostas pela Natureza, a sua organização social reflectiu necessariamente a forma como essa sobrevivência era mais bem conseguida.

Caçar em grupo é evidentemente, mais proveitoso para cada elemento desse grupo que caçar isoladamente. Ou seja, de acordo com as regras de jogo impostas pela Natureza o homem associou-se porque tirava mais beneficio individual dessa associação.

Enquanto este facto fundamental for válido numa sociedade, essa sociedade está a cumprir o fim para a qual foi criada. Quando isso deixar de acontecer está na altura de a modificar ou de a abandonar.

Ao contrário do que pode parecer este facto não advoga um reconhecimento da igualdade de todos na sociedade. Todos os seres humanos nascem diferentes em capacidades, aptidões e tendências. A contribuição que cada um pode fazer para o grupo varia em qualidade e quantidade, e é de natureza distinta (artes, ciências) dependendo (sabe-se hoje) da sua herança genética.

As sociedades foram assim criando sub grupos dentro de si com especialização de tarefas ditadas sempre por máxima conveniência. Se as mulheres não participavam na caça, não era porque os homens dessa época fossem misógenos mas simplesmente a sua estrutura fisica e muscular não era tão eficaz quanto a dos homens nessa tarefa.

Defender que a caça é uma coisa de homens, hoje que não necessitamos de caçar para sobreviver, é trazer a lógica da idade da pedra para a era da energia nuclear. Nem machistas nem feministas precisam de se preocupar com o que é certo ou errado em termos de papeis e funções sociais; se atendermos ao principio da máxima eficiência e de maior beneficio social, a Natureza ela própria se encarregará de conduzir homens e mulheres para as funções que têm a desempenhar num dado momento histórico/tecnológico de uma sociedade.

É apenas quando uma sociedade se começa a moldar de acordo com uma ideologia em vez de leis naturais, que as coisas começam a andar para o torto.

A fixar: A ideia subjacente em pertencer a uma sociedade é o egoísmo inteligente.
(Agora vou jantar. Volto dentro de momentos)

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