Saturday, June 21, 2003

Sociedade Parte I - Pré História (logo pela manhãzinha)


Há algo muito importante de que não devemos esquecer na nossa tribozinha pré-histórica.

Ao decidir juntar-se ao grupo, cada homem/mulher trazia consigo algo que não lhe foi dado por essa sociedade mas que lhe havia sido dado pela própria Natureza.

Liberdade. Total e absoluta. Todo o homem nasce livre e pode mover-se à face da Terra de acordo com a sua vontade e fazer o que quiser de acordo com essa vontade.

Disto ele não pode prescindir por se juntar ao grupo, é um direito natural ou seja divino não sujeito a ser atribuido ou retirado pela sociedade a que pertence. É por este motivo que qualquer constituição de um país ou União deverá consagrar os direitos fundamentais de liberdade de pensamento como direitos concedidos pela Natureza (se quiserem Deus) e não como direitos concedidos por essa sociedade.

Pode parecer uma questão de semântica mas não é. Se considerarmos que esse direito é atribuido pela sociedade então ela está legitimada a retirá-lo quando entender necessário.

O dever de uma sociedade sâ é o de garantir a salvaguarda desses direitos de que ela é o garante, não a origem.

Coloca-se aqui o problema do crime e da restrição da liberdade que pode parecer estar em contradição com o que foi dito até ao momento.
O crime define-se como um comportamento anti-social na medida em que consiste em actos que:

1. Prejudicam um cidadão, o sub-grupo social ou toda a sociedade.
2. Aumentam o beneficio de um, à custa do sacrificio dos restantes.

Por exemplo: Não é crime uma pessoa inteligente criar um império comercial/industrial e com isso poder comprar casas de sonho, iates o que desejar. Mas é um crime se o fizer evitando pagar impostos, conseguindo comprar terrenos públicos a preços de saldo: enfim evitando contribuir para o bem de todos.

Em suma e para fazer uma pausa:

Não é pecado ter sexo antes do casamento.
É pecado não pagar o valor justo pelo trabalho de um concidadão.
Não é pecado poligamia, homosexualidade.
É pecado não pagar impostos em nome de Deus.

Mas o pecado supremo é gerir mal o bem público, ou geri-lo para beneficio próprio. Pois este tipo de ladrão não é igual ao assaltante que rouba a casa durante a noite prejudicando um.

Não, ele rouba todos nós.

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