Perplexidades
A história deste encontro é sempre contada de uma forma linear em que os personagens não são mais que estereótipos do vilão e do heroi.
Por um lado aquele que foi classificado como "o pior homem do mundo" (e se a imprensa o disse é porque assim é), mago negro, coleccionador eximio dos mais hediondos vicios.
Do outro lado temos o poeta de alma elevada, branca, transcendente e exacerbada de qualidades.
O seu encontro resulta na derrota do mau que não consegue subverter o poeta, que o ilude e escapa das suas temiveis garras, demonstrando o poder supremo do misticismo poético e hermético.
.... Pausa....
Há quem aceite este tipo de interpretação sem qualquer espirito crítico. Sem ao menos se perguntar porque motivo se assume uma narrativa tão pueril como verdadeira.
Esta é a explicação confortável e oficial que à força de ser repetida se toma como a verdadeira.
Aquela que afasta da nossa mente outra possibilidade:
A de que Fernando Pessoa tenha sido iniciado por Crowley.
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