Democracia II
A ideia linear de um poder monolitico eleito de 4 em 4 anos de acordo com a vontade do eleitorado é porventura uma visão simplista e ingénua das estruturas de poder que regem um país.
A realidade é um pouco mais complexa. O que se verifica, do meu ponto de vista, é um modelo em rede que abrange todas as áreas de decisão e influência do país.
Estas redes consistem no conjunto de pessoas que, dispersas pelas diferentes áreas de poder e influência, confluem num dado momento no tempo e no espaço num objectivo comum.
O que dá estrutura à rede são ideias de base como convicções politicas, religiosas e sócio-económicas.
O que lhe dá fluidez são os interesses pessoais de mais curto prazo dos elementos que a constituem.
Uma rede pode nascer e desaparecer com maior ou menor rapidez consoante a coesão que lhe for dada pelas ideais de base. Várias redes podem ainda existir simultâneamente, em simbiose ou em oposição.
No entanto todas se alimentam de um só nutriente: poder. Pois só esse permite alimentar os elementos que a constituem satisfazendo os seus interesses de curto prazo e mantendo assim a estrutura da rede.
E desta forma a sua existência.
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