Blogs e Assembleia da República
Ouvi hoje na rádio que em breve os deputados da Assembleia da Republica passarão a disponibilizar blogs próprios onde, num arremedo de transparência, partilharão com os eleitores informação relativa às suas actividades.
Apesar de não acreditar que alguma vez lá publiquem que vão a Sevilha em serviço da Nação, vale apena reflectir sobre o que isto significa.
Em primeiro lugar a pressão efectuada pela reflexão sobre os temas da actualidade efectuada por pessoas informadas e interessadas, obriga a Assembleia a arrepiar caminho.
Esta medida mostra que a força da opinião não vem só dos fazedores oficiais, os colunistas dos jornais, mas da população com sentido de cidadania e interventiva, os bloguistas (ou parte deles).
Este era o receio de Pedro Rolo Duarte, que o seu poder como cronista se esfume com o surgir de opinões num meio de fácil acesso para quem lê e para quem escreve
Os blogs são uma espécie de Chuva de Estrelas da opinião e do pensamento, e na sua imensa diversidade de opiniões existem casos sérios que vale a pena ler e reflectir. Neste céu imenso há desde meros calhaus flutuantes a estrelas brilhantes.
Mas eu, que gosto de esforço e exigência por parte de quem para mim trabalha (os deputados), esta é apenas uma aproximação superficial à raiz do problema.
O que pretendo é que o deputado que supostamente me representa, venha ao circulo que o elegeu, preste contas do que faz falando directamente com os seus constituintes. Que se sujeite ao escrutinio directo de quem o elegeu.
Mais, exijo que ele seja um efectivo representante de quem o elege e não apenas alguém que flutua sobre o mapa politico de Portugal consoante a sua relação com o Partido.
Quero deputados que sintam que podem ser despedidos por quem lhes paga o salário (os eleitores) em vez de sobreviverem eleição após eleição em listas a Norte e Sul consoante os ditames dos Partidos.
Enfim, quero um povo que seja livre e exigente e que deixe de ter uma atitude de submissão para com uma autoridade que não é nada mais que: funcionários ao seu serviço.
Em vez de atitude de escravo quero postura de homem livre, tolerante mas exigente.
Será pedir muito?
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