Saturday, February 14, 2004

Reforma




A nossa história recente mostra-nos que, em ciclos muito curtos, vivemos épocas bem definidas nas quais se tornou claro o valor das ideias em confronto.

A monarquia e a república, duas ideias sobre a organização do estado defrontaram-se e em apenas algumas décadas uma delas viria a moldar o mundo.

O confronto que se seguiu deu origem à 1ª Guerra Mundial.

De seguida as ideias relativas à forma de legitimação de poder cerraram fileiras e defrontaram-se.

De um lado a democracia que não é mais que o reconhecimento da possibilidade da participação de todos na definição do destino comum. Do outro a crença num poder auto-legitimado por uma ética superior totalitária por ele mesmo definida.

O confronto que se seguiu deu origem à 2ª Guerra Mundial.

O confronto hoje é novamente um confronto entre ideias.

E mais uma vez o valor das ideias defendidas por cada um dos participantes na luta ficará à vista de todos.

Hoje trava-se uma luta pelo espirito humano.

Em nome de deus, populações inteiras são sujeitas a uma tirania que controla todos os aspectos da sua vida.

Em nome de uma interpretação das palavras do profeta, moldada de acordo com a cegueira dos imans que a proferem, milhões de mulheres são tratadas como autênticos animais.

Sim, porque de um animal pode-se ser dono.

Este confronto de ideias dá origem à 3ª Guerra Mundial, a que se iniciou a 11 de Setembro.

A nossa vantagem enquanto Ocidentais é que esta batalha já se iniciou há muito tempo, na Reforma. E foi travada ao longo de séculos, com dificuldades e erros.

E em resultado dessa batalha nenhuma religião nos obriga, pela força do poder temporal, a pensar ou agir de uma forma contrária à nossa Vontade e Querer.

O Islão não teve a sua Reforma.

Mais vale tarde que nunca...

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