Tuesday, September 30, 2003

O Dilema do Rigor I


Surgiu recentemente uma noticia, relativa à hipotética implementação de normas mais estritas na celebração dos ritos da Igreja de Roma.

Os sectores mais "progressistas" da nossa sociedade reagiram negativamente à possibilidade de tal vir a acontecer, bem como os bispos portugueses, antecipando uma eventual reacção negativa dos seus fieis.

O Problema dos Progressistas
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A celebração de ritos em todas as religiões possui um código próprio tanto ao nivel simbólico, como ao nivel da sua execução. Como já dissemos anteriormente, a forma como o rito é celebrado é no fundo a execução dramática de uma história ou mito que encerra em si mesmo um ensinamento.

O que verificamos nos últimos anos é uma progressiva mutação na forma como os ritos Romanos são executados. O critério da conveniência tornou-se o paradigma para medir a justeza da participação no rito.

* A missa tem que ser à hora mais conveniente.
* O padre não pode demorar muito na homilia para não aborrecer.
* Deve haver participação de jovens e canticos para a missa ser mais alegre.
* O caminho para a capela no cimo do monte tem que ser arranjado porque é muito incomodo ir lá acima a pé.

Quantos efectivamente seriam capazes de se levantar numa manhã fria de Inverno, antes do nascer do Sol, para ir até à sua Igreja celebrar o rito em honra do seu Deus ? Ele não lhes merece esse sacrificio ? Então o que merece ?

Quando um fiel impõe condições à sua própria religião por forma a participar nos seus ritos, ou o fiel deixou de interessar à religião ou a religião deixou de interessar ao fiel.


Estas palavras surpreenderão certamente alguns dos nossos leitores mais argutos, mas os próximos posts tornarão tudo mais claro.

(... continua ...)

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