O Dilema do Prisioneiro - 2
A melhor solução parece ser a de nenhum dos suspeitos confessar porque só isso garante a sentença mínima: 6 meses.
Mas logo uma dúvida surge num dos prisioneiros: "E se o meu companheiro decide aproveitar-se do facto de eu tomar a decisão mais racional, e confessa? Ele sai em liberdade e eu apanho 20 anos. Não confessar pode não ser a decisão mais racional."
"Talvez o mais racional seja eu confessar, e se ele decidir não confessar saio eu em liberdade e apanha ele 20 anos."
Mas uma nova dúvida o assalta:
"Bom ele deve estar a pensar como eu, e se calhar também vai confessar como eu. Mas aí apanhamos ambos 2 anos de prisão."
"Mas esta opção é pior que a de não confessarmos ambos, logo menos racional".
Voltámos ao principio. Criamos um ciclo infinito. A razão fecha-se sobre si própria e não apresenta solução.
Sejamos claros isto não é uma recusa da utilização da razão na relação com o Universo. É só o afirmar que a razão é apenas um dos instrumentos utilizados nessa relação.
Existem outras possibilidades de apreensão do Universo que transcendem a razão.
A recusa de muitas pessoas em utilizá-las, advém do facto de se terem identificado de tal forma com a razão que transcendê-la significa "morrer" ou "enlouquecer".
E não há nada que lute mais pela sobrevivência que o Ego.
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